quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

teoria da sala da inteligência.

Pensando sobre tudo que me rodeia e analisando - analisando, tadinho de mim - as pessoas que estavam ao meu redor pensei em escrever sobre essa teoria que criei. Na verdade ela não passa de uma metáfora sobre como nossa inteligência é formada.
Bom, tudo começa quando acontece a fecundação. A partir dalí, uma sala começa a ser construída. Uma sala sem tamanho definido e sem paredes, apenas portas e janelas. Portas e janelas de diferentes tamanhos, diferentes espessuras e diferentes aparências. Apenas portas e janelas descombinantes formando um cenário de poluição visual. Dentro dessa sala não tem nada, apenas o vácuo. Quando nascemos todas essas portas e janelas estão abertas e são fechadas ao momento em que aprendemos. Uma sendo fechada de cada vez. Ora uma porta, ora uma janela. Aprendemos a andar, a falar, a comer sozinhos, a escovar os dentes, a usar nossa coordenação motora e, a cada momento, estamos fechando as portas. Como somos muito jovens ainda, os principais responsáveis por essa sequência (sem o trema graças ao acordo ortográfico) de portas e janelas se fechando são os nossos pais, digo pais no sentido de criadores, aqueles que estão criando e nos ensinando todas essas coisas. Quando chega um certa idade, nossas portas e janelas estão postas do mesmo jeito que estariam as daquelas pessoas que nos ensinaram o que sabiamos até alí.
Até que entram as outras pessoas, os professores, os vizinhos, os coleguinhas (que têm suas salas iguais aos dos pais) etc. que vão ajudar a gente a abrir ou fechar determinadas portas. Esse é o momento da nossa marginalização intelectual. A troca de experiências e a troca de conhecimento, por mais idiotas que sejam, vai nos forças a marginalizar nosso intelectual, seja para abrir ou fechar mais portas e janelas. Nesse momento, juntando a minha teoria com a de alguns estudiosos, seria mais ou menos aos cinco anos quando nossa personalidade começa a ser formada. Mesmo tão jovem, as salas são totalmente diferentes uma das outras, como uma impressão digital. A única diferença seria que as impressões digitais não mudam (eu acho) e a sala sim. Portas e janelas podem ser abertas o tempo inteiro!
Passado o momento mais marcante dessa marginalização, quando já estamos entrando na adolescência, as portas e janelas começam a ficar mais difíceis de abrir ou fechar e, a partir daí, a tendência é só piorar. A medida que crescemos e amadurecemos, as portas e janelas começam a enferrujar suas dobradiças, imagine que a sala tem a mesma idade que você. Agora imagine uma dobradiça de uma porta que tem todo esse tempo sem ser trocada. Pronto, é por isso que temos essa dificuldade ao decorrer do tempo. Acredito, e afirmo isso nessa teoria, que por isso é mais fácil criarmos opiniões quando crianças/adolescentes, já que nossas dobradiças não estão tão enferrujadas assim.
Bom, por essas portas e janelas passam conhecimento, pessoas, experiências etc. Tudo que pode entrar e sair da nossa vida. Mas, cada uma dessas coisas que podem passar por essas cavidades, passam única e exclusivamente por uma porta ou janela. Ou seja, se determinada porta está fechada, você está impedindo que diversas coisas penetrem a sua sala intelectual.
Agora que sabemos como entram e saem as coisas da sala, vamos ver o que essas coisas influênciam na nossa inteligência. Simples. Nascemos inteligentes, basta trabalhar isso ao decorrer do seu crescimento. Se abrimos muitas janelas e portas, estamos dando oportunidades ao conhecimento se juntar a sua inteligência e completá-la. Certo. Mas o que seriam as tais portas e janelas?
As portas e janelas são meras passagens. O que entra em questão agora é: como abrir ou fechar determinada cavidade? Como todas as outras no nosso cotidiano: tirando o cadeado delas. Pode ser com uma chave, ou uma senha, ou simplesmente quebrando aquele cadeado e cada cadeado tem tamanhos, formas e pesos diferentes. Uns serão mais fáceis de abrir, outros mais difíceis, depende do seu tamanho. Esses cadeados, trazendo essa metáfora ao mundo real, são os preconceitos. Quebrando eles, ou nos livrando deles, deixaremos portas e janelas abertas para a entrada de milhares de conhecimento que possam acrescentar a nossa sala intelectual.
Para uma pessoa chegar a inteligência total, é necessário quebrar todos os cadeados que temos nessa sala. Quem já conseguiu isso? Ninguém. Mas o que devemos fazer é tentar quebrar o máximo desses cadeados e abrir o máximo de janelas e portas para permitir que o conhecimento entre e nossa inteligência fique fortalecida.
Trazendo uma reflexão sobre isso. Então o mais inteligente que somos é quando nascemos, já que todas as portas e janelas estão abertas. Teoricamente sim. Naquele momento da nossa vida, estamos abertos e livres para todo tipo de conhecimento que pode entrar, mas na prática não é, já que nenhum conhecimento passou por aquelas cavidades ainda, por isso não somos os mais inteligentes quando nascemos.
Então é isso. Texto grande, falei muito, mas é a teoria de um garoto cujas malas foram roubadas.

amor.

Está amando? Sim. Quem? Não sei. O amor é um sentimento tão lindo, para mim o melhor sentimento do mundo, então para que simplesmente amar alguém ou algo? Acredito que temos que amar sempre, independete de ter algo para depositar esse sentimento.
É assim que me sinto. Eu, um mero garoto cujas malas haviam sido roubadas, amando sem saber o que.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

caixinha de música.

Ele.

Nada de especial aconteceu quando nasceu. Não era o primeiro da família, mas parecia ser o último, já que houve algumas complicações no parto e sua mãe ficou impossibilitada de procriar mais. Talvez isso tenha deixado a ele uma culpa. Talvez ele pensasse que a infertilidade da mãe fosse por ele, mas não era.

Com cinco anos, percebeu que o que sua mãe fazia era magnífico e percebeu também que suas três irmãs não tinham, nem de perto, o dom para a coisa. Com cinco anos ele chegou a mãe e disse: “mãe, me ensina a dançar?”. Ali começava a jornada do melhor bailarino que o mundo iria conhecer. Naquele instante algo inusitado acontece. Naquele instante...

Ela.

Naquele instante nasce ela, o mundo parecia ganhar novas notas musicais.

No momento em que ela nasceu, foi um momento mágico que, apesar do parto normal, sua mãe nem sentiu as dores. Na verdade, ela não pode contar suas dores, já que entregou a sua vida para sua filha.

Foi criada pela sua avó, que também era uma pianista muito conhecida naquela cidade pequena. Parava tudo que todos estavam fazendo no momento em que seus dedos tocavam as teclas daquele instrumento. Mas ela não era tão magnífica quanto a jovem que acabara de nascer. Não era mesmo. Aquela menina, com uma beleza simples, sem muitos traços marcantes, parecia uma boneca em uma instante.

Aprendeu a tocar piano muito cedo, graças a sua avó, e sua evolução foi muito grande. Em pouco tempo já roubava a atenção de todos, talvez mais pelo fato da sua beleza singular do que pelo seu talento. Sim, custou um pouco até perceberem que estavam lidando com o mais novo gênio do mundo.

Algo que lhe diferenciava da sua avó era o fato de saber usar bem as palavras, de dar voz ao que o piano não conseguia falar por si só, algo que nem todos conseguiam, mas ela pouco o fazia, preferia deixar que as pessoas sentissem sua emoção apenas pelo tocar das teclas.

Os dois.

Eles estavam diretamente ligados um ao outro. Uma: por prover a música, o outro: por ter a música como sua guia. Era assim que os dois iriam se comportar, ela lhe dando as notas e ele as dançando.

Conheceram-se por acaso, já com idéias formadas sobre o que seriam mais na frente. Já tinham se projetado o que seriam pela frente, mas algo lhes faltava já que ainda não tinham se aproximado. Nele faltava o sentimento verdadeiro de uma música. Nela faltava a verdadeira inspiração.

Suas músicas eram sutis, mas eram fúteis. Arrancavam suspiros de todos e despertavam sentimentos diversos a quem ouvia. Mas para ela algo faltava. Falar do amor pelas suas coisas, pelas artes não estava mais sendo suficiente àquele gênio das notas especiais. Até ela o conhecer.

Sua dança era sutil, seus movimentos eram libertadores, mas eram vazios. Arrancava aplausos de multidões e até recebia flores depois de dançar. Mas para ele algo faltava. Não era música, não conseguia expor realmente o que sentia na falta de notas especiais, feitas por ele e para ele. Até ele a conhecer.

Muito aconteceu depois que eles se conheceram, virgens de idéias e experiências, viveram de tudo que se pode imaginar, mas nunca brigaram. Não tinha por que. Eles se completavam. A junção daqueles dois fenômenos divinos gerou uma explosão indefinida.

“quer casar comigo?” ele pergunta no lugar onde haviam se conhecido, alguns anos depois da conexão da genialidade deles. Ela não responde. Simplesmente vira as costas e sai.

Ele.

Sua vida foi a terra. Como que ela pôde sair sem ao menos dizer sim ou não. Tolo. Talvez não já soubesse que muita coisa boa viria pela frente. Limitou-se ao momento, a palavra que poderia sair dos seus lábios. Mal lembrou que ela não demonstrava seus sentimentos cantando e sim pelas notas que se reproduziam ao tocar magicamente no piano.

Ela.

Já sabia da proposta, conseguiu sentir pelos poros dele que o iria fazer e se preparou. Vestiu seu vestido branco, acendeu velas e apagou as luzes. Aquele era o momento, seria a primeira vez que iria tocar a primeira música que havia composto na sua intenção. Mal sabíamos se era uma marcha ou uma valsa, mas sabíamos que seria algo tão sutil como seu amor por ele. Esperou sua entrada e começou.

Os dois.

Ao sentir as notas se aproximando, ele percebeu que algo havia mudado naquela sua atmosfera. Aquela música, qual seria aquela música que nunca tivera ouvido antes... Não, ele a conhecia, a conhecia muito bem por sinal. Era uma música... Uma história, contava uma história de um sentimento que ele tinha certeza que conhecia. Esperaram as notas terminar e o silêncio tomar conta do lugar. Aquela música silenciosa que rodeava os dois possuía o mesmo compasso, estava na mesma melodia e foi ai que surgiu a resposta. Não, não saiu dos lábios do nosso gênio das notas especiais. Veio da melodia que os dois criaram naquele momento.

pense nisso.

Temos um coração, que alimenta todas nossas células e transporta pra cima e para baixo os nútrientes e elementos necessários para um bom funcionamento do nosso organismo. Mas um coração é pouco para transportar todos os amores e afetos que sentimos o tempo todo. O sangue sentimental é límpido e transparente e muito fácil de ser bombeado por essa máquina natural, basta a mantermos sempre em boa saúde que nossos sentimentos serão sempre levados ao lugar certo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

o silêncio da noite.

Eu me sinto completo nesse momento. O silêncio da noite é algo que me completa.
Naquele momento onde tudo parecia tão calmo eu acordei. Apesar de saber que no mundo existiam tantas pessoas acordadas, eu me sentia tão só e acredito que aquilo me completou naquela situação.
Como pode? Eu, um garoto cujas malas haviam sido roubadas em um dado momento do passado, me sentir tão completo com algo que incomoda tanto as pessoas? Mas aquela era a mais pura verdade do que sentia e não vejo motivos para simplesmente mentir esse fato.
O vazio que as minhas malas faziam na minha vida nesse momento são convertidos em sentimentos que me completavam e me faziam sentir melhor, não que fosse uma pessoa ruim, é claro, mas que dentro da minha estranhez, eu estava lá mais uma vez sozinho e isso me fez sentir melhor.

sábado, 25 de dezembro de 2010

as letras.

Letras. Símbolos fonéticos de cada língua. Magnífica a forma que a sua combinação pode gerar palavras que criarão frases e mais na frente textos. Seriamos no fundo meras letras que podemos nos organizar em grupos e a partir daí demonstrar o bem ou o mal? A verdade é que não quero falar sobre reflexão humana nessa postagem, quero mesmo falar das letras.
As letras têm diferentes formas e diferentes sons. As letras podem vir sozinhas ou acompanhadas. As letras, meras letras que fazem nosso mundo da comunicação girar. Meras letras que muitas vezes nem serão lidas, por falta de oportunidade ou por falta de conhecimento. Meras letras são, no fundo, meras letras.
Meras letras, gerando meras palavras, meros momentos de expressão gerados por meras letras.
Engraçado. Como as letras são belas e as palavras nem tanto.

parênteses.

(abre parênteses

Decisão: optar pela dúvida do acerto ou erro. Por mais convictos que estejamos sobre quão certas são nossas decisões, a verdade é que estamos apenas depositando algumas moedas no cassino Destino.

fecha parênteses).

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

prosa e poesia.

Prosa. Poesia. Duas formas diferentes de expressar o que tem que ser expressado. Duas formas diferentes de gritar sentimentos e desabafos. Engraçado como as duas se comportam diferente, engraçado como a vida segue exatamente o mesmo rumo.
Ah, a poesia. versos muitas vezes calados para quem não consegue entender sua profundidade. Apesar de mais limitada, a sua intensidade vai muito além da sua métrica. Diferente da prosa, cujos parágrafos imensos não se fala nada. Acredito, particularmente, que a poesia é tão intensa por termos que escolher uma palavra que represente mil outras. Diferente da prosa, que temos mil palavras para falar apenas uma.
Gosto da forma como a poesia se comporta, é uma coisa que realmente me atrai. Sua forma tão indecisa e sua composição tão sólida me deixam em êxtase total. Gosto da prosa, mas realmente o que preciso são coisas intensas e arrebatadoras, como a poesia.
Sinto-me tão só junto a prosa. Sinto-me tão completo perto da poesia. Sinto-me tão falante-mudo próximo a prosa. E me sinto tão expresso quando leio poesia.
A poesia é o que me define, a prosa é meu oposto. A poesia é complexa e a prosa, tadinha, é tão linear...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

pense nisso.

as vezes os fatos acontecem tão rapidamente e intensamente que quase não lembro daquele dia em que descobri que as minhas malas haviam sido roubadas. Foi de fato uma dor muito grande e uma perca enorme do meu passado, mas hoje em dia percebo que o material nem sempre é tão valioso quanto as valiosidades da vida.
Tem vezes que eu tento explicar a dor que foi ter sido roubado daquela forma, mas até hoje só uma pessoa realmente entendeu a dor daquele momento, e é essa pessoa a quem dedico o meu post de hoje: eu.
Vocês já pararam para pensar como que as vezes nós depositamos confiança, amor, carinho... em outras pessoas e esquecemos de supervalorizar o melhor relacionamento que nós podemos ter? QUem seria a pessoa mais indicada a viver com você para sempre se não você mesmo? Quem é concorda com seus pensamentos? que chora e sorri junto a você? você mesmo. E por mais que as vezes tenhamos umas brigas conosco e que decidamos ficar triste porque achamos que há incompatibilidade dessas duas pessoas tão iguais , somos escravos de nós mesmos e nunca poderemos negar isso. Então, pensemos o seguinte, para que precisamos de outra pessoa se nós já temos o melhor relacionamento do mundo que somos forçados a encarar desde que nascemos?
Esteja sempre bem consigo mesmo, porque esse relacionamento é realmente muito valioso e devemos sempre mantê-lo em forma.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

pense nisso.

A beleza de um dia está implicita nas pequenas coisas que ele pode te oferecer. Seriam elas um belo sol, o vento e a boniteza dos detalhes da natureza.
Nada como uma boa playlist e um grande sorriso no rosto para poder mudar qualquer humor de qualquer dia.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

o frasco de validade vencida.

Como diria o pequeno príncipe, somos responsáveis por aquilo que cativamos, mas o que ele esqueceu de dizer é que sempre nos esquecemos disso.

Eu lembro daquele dia, não dos mínimos detalhes ou de como o tempo correu. Só lembro da chuva, que caía forte sobre meus ombros.
A chuva, tão limpa, tão suja. Purificante. Romântica. Machucava da forma que me tocava, mas acredito que a sua intenção era a melhor possível: lavar algo que estava muito abaixo da minha pele.
Tudo que portava naquele momento eram órgãos internos estilhaçados e um frasco de sentimento, que só então me dei conta que a sua validade havia expirado a muito tempo. Era daquele modo que eu estava no momento em que a última gota da chuva me feriu. Minhas vestes, completamente molhadas, colavam ao corpo me dando uma sensação de nudez, todo o desenho da minha estrutura estava exposta naquelo momento, apenas com cores diferentes da minha pele.
Ela estava próxima a mim e eu, um mero garoto cujas malas haviam sido saqueadas certo tempo atrás, sentia aquele arrepio consequente daquela poção do amor, droga. Estava tão cego e ansioso para bebê-la que nem me dei conta de que seu gosto amargo significava que ela havia passado da validade, mas já o tinha feito e aquele veneno já corria pelas minhas veias de forma avassaladora. Não sei de fato o que ela destruiu dentro de mim, se provocou alguma inflamação ou algo do gênero, só sei que hoje eu sinto... quer dizer, não sinto nada. Aquela pessoa. Sim, ela mesma. Tão linda e comovente, parcialmente emocionante e totalmente adimirável, assistia aos últimos momentos em que eu perdia tudo que eu possuia dentro de mim. Mas nem sequer se aproximou de mim. Assistiu tudo de longe sem feições definidas. Do modo que me olhava, me machucava de forma sultil, sentia uma dor horrível que ia passando aos poucos até não sobrar nada. ponto. O efeito da droga vencida finalmente chegou.
Li em algum lugar, que lembrar o nome dele seria a última coisa importante nesse momento, os perigos de tal poção, o volume máximo que deve ser ingerido e os cuidados que devemos ter. - Mas só depois de conhecer tudo por experiência própria, tudo apenas a título de curiosidade. - E uma nota sobre o assunto dizia: 95% de chance de Efeitos colaterais. E cá estou, com a alma pobre sem sentimento, vagando pelo mundo satisfazendo meus prazeres.
A verdade é que nada tenho a reclamar. Vivo muito equilibrado desde que perdi meus sentimentos, vivo dedicado a ambições e prazeres que as vezes nos privamos por sentimentos e o fato é que aquela pessoa simplesmente me ajudou a me sentir bem hoje em dia e, por mais que sua intenção não tenha sido uma das melhores, eu tenho muito a agradecer a ela, afinal, ela me ofereceu o veneno, mas custava a mim aceitar ou não.

pense nisso.

Uma noite, nada mais. Dose de sentimentos ruins regrado a álcool.
Devemos nos sentir mal por no máximo 12h, afinal, chega um momento que a droga sai do nosso corpo e entramos no nosso estado de sobreaguez.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Obs.

Enquanto o vento se movimenta freneticamente e os pássaros levantam voo, minha cabeça gira em pensamentos leves sobre como seria estar ao seu lado agora. Imagino aquela fragância forte e doce ao mesmo tempo me sufocando e rodando pelo ar condicionado do carro, como seria magnífico estarmos juntos agora.
E então me lembro de versos que escrevi a uma amiga:
A cada dia que passa
O tempo distância o dia em que nos conhecemos.
A cada dia que passa,
O tempo inventa coisas para fazermos.
A cada dia que passa,
O tempo aumenta a intensidade das coisas que vivemos.
A cada dia que passa,
O tempo me faz amar mais você.
Mas a verdade é que a cada dia que passa, eu preciso estar sempre mais perto de você

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

a véia cada vez mais sabida.

A certo tempo atrás escrevi um artigo sobre as relações familiares, o artigo estava mais focado na relação Avó e Neto. Continuo achando engraçado como os tempos mudaram e como as relações de hoje em dia são cada vez mais fortes, ao contrário do que vejo em matérias de revistas, jornais e na própria internet. É de fato uma acusação fajuta de que a internet, a globalização e todos os avanços tecnológicos têm atrapalhado as relações familiares. Tudo bem, eu sei que elas não são tão mais carne e osso como antigamente, mas me sinto tão mais próximo da minha família agora, já que para dizer “oi, tudo bem” está cada vez mais fácil. Mas enfim, Hoje, venho aqui mais uma vez falar um pouco dessa relação magnífica que tenho com minha avó que já está no seu quinto semestre da UATI (Universidade Aberta à Terceira Idade, que já foi citada aqui antes) e a cada dia que passa, tenho a certeza que esse foi um dos melhores projetos já criados pelo ser humano. (mais uma vez meus dignos aplausos a UNEB pela iniciativa).

Para quem não sabe, eu e minha avó temos uma relação muito próxima e um amor imenso de um para o outro que foi alimentado desde quando eu era criança. E desde que a véia entrou na UATI, nossas conversas e risadas têm sido muito mais gostosas. Cheguei a comentar no artigo anterior um pouco sobre essas aventuras de minha querida idosa e a pedidos dela, volto aqui para declarar o quão satisfeito estou com o projeto realizado pela UNEB. A cada semestre que passa minha rede social com pessoas de idades mais avançadas aumenta. E o que eu tenho a declarar sobre isso? A coisa mais magnífica de todas! Acho engraçadas as rodas de café que eu, minha avó e suas coleguinhas temos de vez em quando. Acho maravilhoso receber cocadinhas e comidinhas das coleguinhas da universidade de minha avó, mas o mais esplêndido é ver o quanto nós temos o que aprender com elas e vice-versa.

Hoje em dia eu trabalho em uma empresa que segue diversas vertentes, e uma delas é a parte de reforço escolar, cujo professor sou eu, e ai acabou! Recebo conhecimento e prazer de todos os lados e idades: dos meus amigos que têm a mesma idade que eu, dos meus alunos que são mais novos e das minhas avós emprestadas que se tornam cada vez mais inteligentes e espertas graças as suas aulas que vão de artesanato às línguas estrangeiras. Nesse semestre, minha amada idosa cursa informática, espanhol e dança contemporânea (isso mesmo, DANÇA CONTEMPORÂNEA, essa véia é demais mesmo) e graças a essa oportunidade que a ela foi cedida, uma cadeia de conhecimento foi acrescentada a ela, além de reduzir uma média de vinte anos na sua idade e aparência.

Fico inteiramente grato de poder partilhar todas as experiências dessa jovem mulher que não se cansa de experimentar novas coisas e que não tem medo do tempo. Fico inteiramente feliz em saber que ainda existem pessoas que pensam em como poder beneficiar os outros com projetos tão belos e tão simples como esse da UATI. Gostaria de aproveitar um espaço e declarar mais uma vez o meu amor imenso por essa pessoa que tanto acrescentou na minha vida e que tanto me importa, essa pessoa que apesar de ter seus meros setenta e tantos anos e seu caminhar meio sedimentado por causa dos problemas da idade, está sempre tão disposta a apostar nos erros para transformá-los em acertos. Enfim, acho eu por hoje é tudo.


p.s. nem a osteoporose consegue impedir que minha avó dance feito jovem.

parênteses.

(abre parênteses


Mais uma vez, apenas um garoto cujas malas haviam sido roubadas, pensando sobre tudo que vem acontecendo atualmente.
As pessoas brigando e criando rivalidades por questões políticas, outras apenas sendo imparciais e outras simplesmente sendo nada, que por sinal se tornou a maioria.
Nunca havia visto tamanha campanha para presidência, talvez pelos poucos anos que se passaram desde que minha mala foi roubada, mas seria realmente a hora de mudarmos o que está em fase de crescimento? minha caixa de e-mails nunca foi tão cheia de atritos entre políticos e xingamentos contra eles e a única coisa que vem a minha mente é: sinto falta da época que os e-mails eram apenas piadas sobre como somos idiotas, já que agora são apenas e-mails de como somos idiotas e ponto.

fecha parênteses).

just a teenager

Pensando sobre a vida e curtindo as músicas da minha playlist cheguei a seguinte conclusão: para quê se preocupar tanto com a vida se o tempo passa tão devagar? mesmo quando temos aquela sensação de tempo acelerado, o tempo continua no mesmo ritmo que sempre seguiu.
Todos os stresses da vida e toda as preocupações não passam de meros passatempos do destino. Enquanto ele se diverte nos vendo loucos, nós nos matamos aos poucos ligando para isso. Claro, reponsabilidade todos devemos ter, mas será que deveriamos deixar o destino pregar certas peças na gente ou deveriamos fazer o oposto?

ficadica: curta a vida e ponto.
afinal, todos ainda somos meros teenagers!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

parênteses

(Abre parênteses
E lá estava eu, um mero garoto cuja mala havia sido roubada, pensando sobre quais decisões tomar. O engraçado da história é que você tem certeza que as vezes certas decisões nem são tão importantes assim, elas simplesmente são urgentemente momentâneas e por isso parece ser uma decisão realmente muito importante. Você sabe que dalí a um tempo, tudo não passará de uma piada ou um grande momento que você realmente deseja apagar da memória.
Enfim, nem tenho muito o que dizer hoje, só postei mesmo para não perder o costume.
Fecha parênteses)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

De volta ao velho.

Hoje pela manhã lembrei que tinha esse blog (que por sinal é muito antigo) e decidi voltar a usá-lo. E para voltar em grande estilo, vou compartilhar o que tem acontecido comigo ultimamente.
Bom, hoje já sou um "adulto" e junto a esse conto de fadas vem um grande vilão: a responsabilidade. A partir de agora eu tenho que tomar decisões que vão influenciar no que serei profissionalmente (não que nada que tenha feito antes não influencie, mas agora é diferente). Decisões como: que curso fazer, que profissão seguir, quanto devo me dedicar ao trabalho... E para piorar, cada passo, cada movimento vai atingir diretamente o seu futuro. Faz pouco tempo que eu descobri que as opniões das pessoas são realmente importantes, mas nada é tão importante quanto a sua própria opnião. Porque devemos fazer cursos que nos dão simplesmente dinheiro? Porque medir milimetricamente cada passo dado com medo de errar? Não vim aqui para ser mais um conselheiro abestalhado que fala simplesmente que as pessoas devem fazer o que gosta e blábláblá! Eu vim aqui para dizer simplesmente que se você vai fazer o que você gosta, você não pode ter medo de encarar aquilo! Nem, principalmente, medo de fazer algo que as pessoas ao seu redor vão reprovar. Para exemplificar, vamos ao meu caso:
Sempre gostei muito de atuar e sempre tive em minha cabeça a ideia fixa de que me tornaria um grande artista, mas por conselhos de terceiros decidi investir em algo primeiro para depois poder realizar meus sonhos com uma boa quantia de dinheiro no bolso e por isso comecei semestre passado o curso de Direito. Na faculdade conheci pessoas magníficas, professores exelentes e vi matérias que realmente acrescentaram algo na minha vida e estava muito feliz em saber que a cinco anos me tornaria um grande advogado, até que aconteceu algo que me fez pensar duas vezes. Fomos ao fórum e ao tribunal fazer uma visitação para conhecer o ambiente que estariamos em constante contato, coloquei meu terno, meu perfume mais caro, óculos de marca, gel no cabelo e muita confiança no bolso. Olhei-me no espelho e fiquei orgulhoso ao ver que realmente algo havia mudado em mim. Chegando lá, não vi outra coisa além de pessoas que estavam do mesmo jeito que eu, ouvi palestras de pessoas que eram muito bem sucedidas onde estavam, histórias de pessoas que batalharam bastante para chegar alí, muitos papéis, responsabilidade e por mais magníficas que fossem as histórias eu não consegui enchergar ou ouvir NADA além de lamentos por estarem presos a um escritório tendo que usar um terno por obrigação, experimentando as mesmas coisas todos os dias. Sério, aquele lugar me cheirava tristeza! E aí veio a minha autorreflexão: "será mesmo que eu quero isso para mim?", "será mesmo que vão valer a pena todos esses anos estudando para viver assim?". A resposta, claro, era não. Eu não conseguia imaginar aquelas pessoas com tempo livre para poder cuidar dos seus filhos, ou mesmo que tivessem não o fariam por estar muito cansados ou por ter um dia exaustivo no trabalho... Eu não iria conseguir viver daquele jeito, não conseguiria desgrudar da minha alegria em experimentar novas personagens a todo momento, em conhecer pessoas novas, em trabalhar em projetos diferentes. Não conseguiria projetar minha vida em quinze anos sentado numa cadeira super confortável vivendo processo por processo e esperar anos até eles se concluirem. Por isso desisti do curso e hoje eu estou pronto de verdade para viver o que eu quero viver. Talvez esse seja o maior erro da minha vida... quem sabe eu seja um total fracassado no que quero fazer e que tenha que viver as custas dos meus pais o resto da minha vida... mas e se não for?
e aqui estou eu, de volta ao velho que na verdade é tão novo quanto posso imaginar