Hoje pela manhã lembrei que tinha esse blog (que por sinal é muito antigo) e decidi voltar a usá-lo. E para voltar em grande estilo, vou compartilhar o que tem acontecido comigo ultimamente.
Bom, hoje já sou um "adulto" e junto a esse conto de fadas vem um grande vilão: a responsabilidade. A partir de agora eu tenho que tomar decisões que vão influenciar no que serei profissionalmente (não que nada que tenha feito antes não influencie, mas agora é diferente). Decisões como: que curso fazer, que profissão seguir, quanto devo me dedicar ao trabalho... E para piorar, cada passo, cada movimento vai atingir diretamente o seu futuro. Faz pouco tempo que eu descobri que as opniões das pessoas são realmente importantes, mas nada é tão importante quanto a sua própria opnião. Porque devemos fazer cursos que nos dão simplesmente dinheiro? Porque medir milimetricamente cada passo dado com medo de errar? Não vim aqui para ser mais um conselheiro abestalhado que fala simplesmente que as pessoas devem fazer o que gosta e blábláblá! Eu vim aqui para dizer simplesmente que se você vai fazer o que você gosta, você não pode ter medo de encarar aquilo! Nem, principalmente, medo de fazer algo que as pessoas ao seu redor vão reprovar. Para exemplificar, vamos ao meu caso:
Sempre gostei muito de atuar e sempre tive em minha cabeça a ideia fixa de que me tornaria um grande artista, mas por conselhos de terceiros decidi investir em algo primeiro para depois poder realizar meus sonhos com uma boa quantia de dinheiro no bolso e por isso comecei semestre passado o curso de Direito. Na faculdade conheci pessoas magníficas, professores exelentes e vi matérias que realmente acrescentaram algo na minha vida e estava muito feliz em saber que a cinco anos me tornaria um grande advogado, até que aconteceu algo que me fez pensar duas vezes. Fomos ao fórum e ao tribunal fazer uma visitação para conhecer o ambiente que estariamos em constante contato, coloquei meu terno, meu perfume mais caro, óculos de marca, gel no cabelo e muita confiança no bolso. Olhei-me no espelho e fiquei orgulhoso ao ver que realmente algo havia mudado em mim. Chegando lá, não vi outra coisa além de pessoas que estavam do mesmo jeito que eu, ouvi palestras de pessoas que eram muito bem sucedidas onde estavam, histórias de pessoas que batalharam bastante para chegar alí, muitos papéis, responsabilidade e por mais magníficas que fossem as histórias eu não consegui enchergar ou ouvir NADA além de lamentos por estarem presos a um escritório tendo que usar um terno por obrigação, experimentando as mesmas coisas todos os dias. Sério, aquele lugar me cheirava tristeza! E aí veio a minha autorreflexão: "será mesmo que eu quero isso para mim?", "será mesmo que vão valer a pena todos esses anos estudando para viver assim?". A resposta, claro, era não. Eu não conseguia imaginar aquelas pessoas com tempo livre para poder cuidar dos seus filhos, ou mesmo que tivessem não o fariam por estar muito cansados ou por ter um dia exaustivo no trabalho... Eu não iria conseguir viver daquele jeito, não conseguiria desgrudar da minha alegria em experimentar novas personagens a todo momento, em conhecer pessoas novas, em trabalhar em projetos diferentes. Não conseguiria projetar minha vida em quinze anos sentado numa cadeira super confortável vivendo processo por processo e esperar anos até eles se concluirem. Por isso desisti do curso e hoje eu estou pronto de verdade para viver o que eu quero viver. Talvez esse seja o maior erro da minha vida... quem sabe eu seja um total fracassado no que quero fazer e que tenha que viver as custas dos meus pais o resto da minha vida... mas e se não for?
e aqui estou eu, de volta ao velho que na verdade é tão novo quanto posso imaginar
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