E o vento que sopra levando o resto de chuva que estava sobre as folhas me trouxe bons momentos. Talvez devesse me comportar da mesma forma que aquelas gotas, caindo, voando, se libertando daquilo que as prendia e deixando as folhas em paz. Não. Elas não pensam como a folha ficou depois que partiram, elas simplesmente saem e não olham para trás. Correm direto para o destino delas sem medo de ser feliz. É, eu realmente deveria fazer isso.
A chuva não havia me incomodado nem um pouco na noite passada, mas o vento sim. Agora eu entendo o vento. Agora eu entendo sua verdadeira intenção. Agora eu sei que ele me incomodou bastante, mas estava fazendo o certo, já que livrou as gotas do seu passado e agora estava prestes a me fazer livrar-me do meu.
Derrepente virei amante do vento, ainda mais do que da minha amiga chuva. Derrepente consegui enxergar com mais clareza, ver o que a poeira não me permitia. Graças ao vento. Graças ao vento...
Tudo corria diferente do que costumava ser, tudo parecia estar tão parado ao meu redor enquanto eu implodia. E que implosão. Longa, dolorosa, forte. Me fez mais forte. Me tornou forte. Mas machucou. E essa ferida eu não sei se poderei reparar. Espero que o vento me ajude.
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