quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Dia vinte e quatro de novembro de dois mil e dezesseis.

Estou nas últimas horas do dia vinte e quatro. Último dia da minha vida que terei vinte e quatro anos. Em instantes estarei com vinte e cinco e sei que assim que o dia virar de hoje pra amanhã a minha vida vai continuar exatamente a mesma.
Essa passagem de tempo é interessante de qualquer modo. Afinal é o marco de algo. É o fim de algo e início de outro algo, mas que não tem transição instantânea. Pra sair de um algo e ir para outro algo a passagem é quase invisível. Geralmente a gente só se da conta que agora já é outro algo.
Até onde eu sei a gente não acorda todos os dias, se olha no espelho e diz "olha, estou virando outro algo". Muitas vezes a gente nem se percebe outro algo... imagine se a gente percebe a transição. Magina! Mas a passagem existe. Isso é verdade! Ela existe. O marco do novo algo está lá. E é meia noite. Apenas duas horas. As duas últimas horas do dia vinte e quatro. Duas últimas horas dos meus vinte e quatro.
E esse marco? Representa o que? O fim de um algo? O início de outro algo? Não. Na verdade sim... mas também não. Sim porque o marco é pra isso mesmo. Último dia dos vinte e quatro, o dia vinte e quatro e amanhã dia vinte e cinco, o primeiro dia dos vinte e cinco. Mas também não porque a transição não é tão física assim! 
Pronto cabou pode aplaudir levantar e ir embora.


Brinks. O que quero dizer com isso é que a simbologia do aniversário define um marco de uma transição, ou pelo menos o meio caminho dela. De um dia pro outro nada muda. Não tem uma semente que vire árvore de um dia pro outro. Não tem uma pessoa que mude drasticamente a meia noite. Mentira, tem sim a Cinderela. Mas essa transformação acho que tá todo mundo rejeitando. Rsrs. (Eu sei que a Cinderela não mudou, continuou sendo a mesma a única coisa que mudou foi a aparência e vibes e tal. Foi só uma piadinha mesmo)
Mas enfim. A questão é que em breve eu deixarei de ter vinte e quatro e passarei a ter vinte e cinco já que em alguns instantes deixará de ser dia vinte e quatro e passará a ser dia vinte e cinco. Mas eu... continuarei o mesmo. Transformando-me a cada instante.

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