domingo, 13 de julho de 2014

[#173] derradeiros descabidos.

Não quero falar de besteiras
Nem tão pouco de coisas importantes
Da minha dor cuido eu
E dela eu entendo muito bem
Como quase ninguém.

Não falo transparente
Nem turvo
Falo entrelinhas
Sobre intenções
Emoções
Razões.

As coisas fogem do controle
E deixa a vida fora do lugar
Terremoto
Acontece
Chacoalha
Quebra
Pra depois acalmar
Até a poeira baixar
Nada está claro
Por isso permaneço imóvel
Sem pensar
Sem falar
Sem sair do lugar.

Das dores
E das não conquistas temporárias
Não cabe sequer
Um por que
De tantos que já me peguei a falar
Agora só basta esperar acalmar
Ficarei sentado
Calado
Sofrendo
Vendo a poeira abaixar.

Mas pra que tanta dor?
Precisava ser tudo assim?
De vez
Do nada?
Consequências do que digo,
Ou faço,
Ou vivo...

Permaneço imóvel
Mente parada
O corpo sem sair do lugar
Até saber para onde ir
Mas pra isso
A poeira precisa baixar.
Das flores que ali brotam
Ninguém perguntou sobre suas sementes
Se vieram sozinhas
Ou se deixaram carregar
São maneiras
Besteiras
Derradeiras
Solteiras
De dizer
O que se tem pra falar.

Nenhum comentário: