quinta-feira, 24 de novembro de 2011

desabafo.

O pequeno príncipe sempre foi muito mais do que uma simples história de criança. Muito mais!
Digamos que existam diferenças enormes entre os nossos mundos, os meus e os dele. Lugar para a criatividade sem limites. A única diferença é que aquele pequeno garotinho de cabelos de trigo nunca cresceu, apesar de sempre se comportar como um adulto, e o garoto das malas roubadas, cresceu e transformou-se num adulto mais velho impossível.
Limites para a minha criatividade e para minha felicidade não existem, mas eu sinto falta da criança que era. Não pela falta de compromisso ou pela falta de trabalho que isso não me incomoda em nada. Mas pelo excesso de lucidez! De repente sou obrigado a dizer tudo da forma mais séria, sou limitado dentre as minhas besteiras, porque agora não sou mais criança.
Posso lhes ser sincero? Quem lhe disse que eu não sou mais uma criança? Nada, nada, que vocês falem não vai mudar meu coração que foi a única parte do meu corpo que não amadureceu.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

simplesmente coisas.

Depois que esqueci
Insiste em aparecer.
Entre noites e sonhos
Sonos incompletos
Me vejo perdido
Entre milhões de carneiros incontáveis
Que não me permitem dormir.

Até dado momento
Que abro meus olhos
E por causa da escuridão da noite
Não vejo um vulto sequer
Meu coração enxerga
E decide:
Para sempre esquecer.

Levanto e sento sobre meus pés
Não abro a boca para falar
Mas dentro da minha cabeça
Prometo que,
A partir daquele momento,
Coisas desinteressantes
Serão, para sempre, coisas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

e se...

E se as minhas malas ainda estivessem lá, naquelas esteiras imundas do aeroporto. Se eu simplesmente as puxassem, abrissem e, de dentro, retirasse tudo que de bom eu vivi. Eu não seria eu! Eu seria um eu totalmente diferente. Tão diferente que faltariam muitos sentimentos em mim. E se, simplesmente, ao invés do Dó usasse o Ré, ou se o Dó, estivesse no lugar do Si. E Si. Simplesmente notas trocadas, mas com a mesma intensão musical.

E se...

chuva.

Chuva que cai do céu, desesperada para correr pelas ruas. Para muitos, a chuva. Para mim, a Chuva. um ser tão diferente e hipnotizante que não me permite fazer mais nada a não ser observá-lo. Como lhe amo, chuva. Como tudo na minha vida se resume a você.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

a vida.

A vida não é um filme
Com alguns problemas
Que se resolvem
Depois os créditos sobem
E nada ruim, de novo, acontecerá.

A vida não é como um rio
Quando aparece algo que lhe atrapalha
A correnteza leva
e nunca mais lhe perturbará.

A vida não é como um poema
Que nos seus versos chora
Depois fecha o livro e vai embora
E simplesmente um sorriso aparecerá.

A vida não é tão simples quanto a morte
Que do nada chega
E não vai embora
E nada mais lhe incomodará.

A vida não é um sonho
Que podemos ter poderes mágicos
Como simplesmente acordar
E tudo de ruim desaparecerá.

A única coisa que sei da vida
É que a vida é um uma roda
Que gira sem parar:
vai ficar bem,
vai ficar mal,
vai ficar bem,
vai ficar mal,
vai ficar bem,
vai ficar mal
e assim sucessivamente
até a bateria acabar.