Quero viver entre insanidades
E faltas de instantes
Quero segundas sagradas
Recheadas de ternura de um poeta aspirante.
Quero momentos sinceros,
Sorrisos abertos quando eu chegar.
Quero maluquices sérias,
Piadas internas.
Quero poder não acreditar.
Quero pompulhas, agulhas, firulas.
Quero doces e salgados
Em todos os tipos de pratos
Para meu paladar deitar e rolar.
Quero todos os tipos de cheiros, sabores e temperos
Para minha vida num momento mudar.
Quero poder voar aos céus
Com um belo pássaro colorido
Juntar-me às nuvens
E sentir o vento soprar.
Quero falar francês com um russo
E que num movimento brusco
Transforme água em chocolate.
Quero músicas em ritimos quentes
Gente sem dentes
Toques amassos e abraços.
Quero beijos interminaveis,
Poder não abrir mais os olhos para a realidade.
Quero momentos lúcidos e sombrios.
Quero acabar com tudo a minha volta
E transformar-me em um enorme dragão,
que cospe fogo inconsequentemente.
Quero dançar lambada,
numa noite,
na calçada
E pular feito canguru.
Quero enfim, poder querer.
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