domingo, 5 de abril de 2009

o conto da mala roubada

Estava sem nada para postar, então decidi contar um pouco da minha história. Apesar de curta, já tive milhares de experiências que realmente valem a pena serem divididas. Tudo começou quando eu tinha seis anos, meus pais me inscreveram em um curso de inglês. A partir daquele ponto eu vi o meu amor a aprender novas línguas. Com 13 anos decidi que queria fazer intercâmbio e com 15 o meu desejo virou realidade. E garanto-lhe, foi um marco decisivo para minha vida.
Hoje dividimos as fases da vida da gente por faixa etária, criança, pré-adolescente, adolescente, adulto, idoso... Mas eu prefiro, hoje, dividir minha vida assim: Antes e depois do meu intercâmbio. Se eu me achava maduro o suficiente até aquele ponto eu descobrir que não passava de uma criança e eu digo, se roubassem a minha mala naquele ponto, eu sei que eu reagiria de forma diferente (bem mais imatura). Conhecer novas culturas, vivenciar uma rotina diferente, comida diferente, conhecer e fazer amigos diferentes, tudo aquilo não passava de um sonho o qual não queria acordar. Claro, nem tudo são mar de flores, eu morria de saudades de tudo que demorei 15 anos para construir, mas para uma pessoa jovem como eu, cada descoberta é uma meta cumprida e também a ida e a volta que não foram nada fácil. A ida, porque é realmente difícil sair da barra da saia de sua mãe e a volta (que é pior) porque agora todo o encanto acabou, não teria como ver tudo e todos ao mesmo tempo nunca mais na minha vida, poderia encontrar com um ou outro, mas todos juntos não tem como. Quando eu partir, estava em busca de um novo horizonte, quando eu voltei, estava deixando para trás uma conquista. Os outros brasileiros tudo bem, já nos encontramos, vamos nos encontrar novamente e novamente e novamente e novamente, mas e os outros? Os canadenses, os alemães, os mexicanos, coreanos... Posso encontrar mais uma ou duas vezes e basta.
Mas enfim, agora vocês já sabem o que eu senti, que será fundamental para saber o que se passou na minha cabeça nessa aventura de um adolescente de idade mediana. E para deixar realmente o que eu senti nesse post, não o corrigi, podem ter repetições e tudo mais, mas a correção seria como se limpasse o sentimento.
p.s. ênfase para o post passado: Saudades dói.

Nenhum comentário: