sexta-feira, 10 de abril de 2009

desabafo.

De volta a terra de onde aqueles que me fizeram nasceram estou eu. Nada como voltar ao interior do estado, em uma cidade de apenas 2000 habitantes e senti a paz que por aqui reina. É um tanto perfeito para tal situação, tirando o fato do carro que acabei de quebrar.
É triste, sempre quando me diziam "você vai reprovar no seu exame de habilitação, terás sorte se passar no psicoteste" e eu nunca acreditava, mas enfim a prova se concretiza, quebrei o carro do meu pai.

domingo, 5 de abril de 2009

o conto da mala roubada

Estava sem nada para postar, então decidi contar um pouco da minha história. Apesar de curta, já tive milhares de experiências que realmente valem a pena serem divididas. Tudo começou quando eu tinha seis anos, meus pais me inscreveram em um curso de inglês. A partir daquele ponto eu vi o meu amor a aprender novas línguas. Com 13 anos decidi que queria fazer intercâmbio e com 15 o meu desejo virou realidade. E garanto-lhe, foi um marco decisivo para minha vida.
Hoje dividimos as fases da vida da gente por faixa etária, criança, pré-adolescente, adolescente, adulto, idoso... Mas eu prefiro, hoje, dividir minha vida assim: Antes e depois do meu intercâmbio. Se eu me achava maduro o suficiente até aquele ponto eu descobrir que não passava de uma criança e eu digo, se roubassem a minha mala naquele ponto, eu sei que eu reagiria de forma diferente (bem mais imatura). Conhecer novas culturas, vivenciar uma rotina diferente, comida diferente, conhecer e fazer amigos diferentes, tudo aquilo não passava de um sonho o qual não queria acordar. Claro, nem tudo são mar de flores, eu morria de saudades de tudo que demorei 15 anos para construir, mas para uma pessoa jovem como eu, cada descoberta é uma meta cumprida e também a ida e a volta que não foram nada fácil. A ida, porque é realmente difícil sair da barra da saia de sua mãe e a volta (que é pior) porque agora todo o encanto acabou, não teria como ver tudo e todos ao mesmo tempo nunca mais na minha vida, poderia encontrar com um ou outro, mas todos juntos não tem como. Quando eu partir, estava em busca de um novo horizonte, quando eu voltei, estava deixando para trás uma conquista. Os outros brasileiros tudo bem, já nos encontramos, vamos nos encontrar novamente e novamente e novamente e novamente, mas e os outros? Os canadenses, os alemães, os mexicanos, coreanos... Posso encontrar mais uma ou duas vezes e basta.
Mas enfim, agora vocês já sabem o que eu senti, que será fundamental para saber o que se passou na minha cabeça nessa aventura de um adolescente de idade mediana. E para deixar realmente o que eu senti nesse post, não o corrigi, podem ter repetições e tudo mais, mas a correção seria como se limpasse o sentimento.
p.s. ênfase para o post passado: Saudades dói.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

o pior sentimento do mundo.

"Para você, qual é o pior sentimento do mundo?", famosa frase que sempre ouvimos e como aqui eu sempre posto as reflexões mais (digo, as únicas) coerentes, resolvi falar sobre a minha teoria sobre os sentimentos. A resposta mais frequente (sem o trema) é, sem dúvidas, o ódio. Podemos colocar com a prata a raiva ou a inveja, mas, na minha opinião, nada chega perto da saudade.
Imagine você criar laços extremos com pessoas de diferentes lugares e do nada se separarem? imagine como seria se você recebesse uma proposta de um emprego que você realmente deseja e ter que mudar de cidade e ficar longe da sua família? Imagine como seria se simplesmente você ficasse longe das pessoas que você gosta. É de fato desgastante, aliás, doloroso. Bom, e daí que vem a minha indignação quando as pessoas dizem que o pior sentimento que uma pessoa pode sentir é a raiva, a inveja ou o ódio, porque nada, eu disse nada, doi mais do que ficar longe de quem você quer bem.
Tem pessoas que dizem que sentir saudades em um relacionamento é bom. Depende muito! Depende de quando vão se ver novamente, da distância entre um e outro e de diversos outros motivos. Mas imagine como seria viver em países diferentes e até mesmo falar línguas diferentes? Nesse caso não temos saída.
Hoje mais cedo tive a maravilhosa surpresa, uma ligação da Alemanha. Tive a oportunidade de falar com uma amiga minha que conheci no Canadá e que era da Alemanha, tadinhos de nós, eu, um brasileiro que estava prestes a ser saqueado, e ela, uma alemã com o coração extremamente doce. Não, não namoramos. Mas somos muito amigos. Nesse caso, a saudade é quase impossível de ser combatida. Brasil, Canadá e Alemanhã são rotas extremamente distintas, mas que apesar de tudo, os laços continuam fortes.
Por isso eu lhes garanto, nunca deixem seus laços afetivos se partirem, não importa qual seja a distância, e lembrem-se, o pior sentimento do mundo não é aquele que aféta sua beleza e aumenta a sua quantidade de rugas e sim aquele que doi no coração.