quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Imperfeições.

Estou me bombardeando
De imperfeições
Estou implodindo
De defeitos
E descobrindo um eu que não sou
Mas insisto em ser

Estou à beira de está transformado
Quanto susto a gente passa.
Cobrindo-me de incertezas
Nas duvidas respostas múltiplas
Sinto que posso estourar
A qualquer instante.

Ao mesmo tempo em que me equilibro
Me reconstruo
Revejo o que de meu eu antigo é necessário
Me sinto totalmente instável.

Preço que pagamos
Por querer mudar.

domingo, 3 de setembro de 2017

Carta escrita no refúgio.

Quando estou sentado
No fundo do poço
Tenho o hábito
De escrever poesia.

Ao meu redor 
Os escombros do escavamento
Traz de dentro da terra
Sua camada de lamento
E eu me sento
Na minha tristeza
Umidade
Espero socorro
E me preencho de versos
Que cada pedaço de terra
Pedra
Me conta.

Às vezes meu corpo me leva
Pra baixo da terra
Nos escombros do buraco que cavei

Refúgio
Mãe terra
Que me enterrando
Choro o ser
Que deixei de conjugar.