quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

[#255] to do or not to do?

To do
Or not to do?

To do it
Fake it
Make it
Do it
Nor do it.

To do
Or not to do?

What a question.
Do you?
Do it.
Is not a question
Do it
Before the time
Is no more.

[#254] melodia.

Melodia
Guia.

Melodia
Da música
Suave
Serena
Guia.

Melodia
Arrepia.

Melodia
Que mela
Assobia.

Melosa
Melodia
Melodrama
Guia.

[#253] exílio justificável.

O mundo está mesmo ao contrario
Mais do que já esteve.
O mundo, que sempre foi o mesmo,
Nunca esteve tão lastimável.

O mundo está ao contrario
E ao contrario que você pensa
Ele está cada vez mais afastado
Mais afastado pro contrario.

O mundo está lastimavel.
O exilio necessário.
Pra se livrar da vida.
E de todos os seus atrasos.

[#252] solidão.

Sozinho
Solidão
Não fere
Nem é sinonimo de sofridão.

Na solitude
Solitária
Introspecção
Alma calma.

Sozinho construí belos castelos
Pena que todos nas nuvens.
Mas sozinho reconstruir algo importante
Uma parte aqui dentro de mim.

[#251] 2015.

Acabou dois mil e quinze
Os dias já se foram
Agora só resta a noite.

Amanhã amanhece
E junto a ele
O novo ano
O novo dia.

Adeus ano velho
Venha ano novo
Deixa de mistério
E diz o que nos guarda.

Acabou dois mil e quinze.
Ah...
Quanta coisa pra dizer...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

[#250] tic tac.

O tic tac
Tica
Tic tac
Contínua.

Retilínia
Tempo passa
Meta aproxima
Faz a força
Bláfetamina.

Tic tac
Tica
Tic tac
No compasse.

Ticando
Tinindo
Piscando.

Preenche
Para chegar ao fim.

[#249] estomago de poesia.

Meu estomago é uma poesia
Experimental
Louca
Revirada
Sem métricas
Sem marcas

Uma poesia harmoniosa
Ora fantastica
Ora fantasmagórica
Alegorica
Retorica
Simbolica.

Sou pura poesia
Digiro flores
Dia
Me inspiro em cantos
E na Maria

Tenho uma vida
Repleta de poesia
Ora bela
Ora vazia
Mas de versos complexos
Em forma de magia.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

[#248] aviãozinho de papel.

Calor
Bip bip
Passam três pessoas
Sai um carrentra outro
Sinal fecha
Pessoas passam
Sinal abre
Carros seguem
Passa moto
Uma mãe e sua filha atravessam
Para pro outro virar
Um homem passa
Lança um aviãozinho de papel
Ele voa
Cai no carro da frente
Eles se acenam
E sorriem.
Até agora
O melhor bom dia.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

[#247] seco por dentro.

Estou ainda
Afogado nas lágrimas
Que não derramei
Enquanto o mundo la fora
Chora por mim.

Lá fora chove.
Mas aqui dentro está seco
Mais do que a cidade
Que fica no meio do nada
Arrodeado de lagos.

Queria acompanhar o mundo la fora
Chorar meus prantos ao vento
Parar no tempo
Só para me lamentar.
Mas estou seco por dentro.

[#246] um poeminha sobre a dor do amor.

- Já cansei
- De quê?
- De sofrer por amor!
- Ah, mas todo mundo já cansou!
- Do amor?
- Não... Da sua dor.
- O amor machuca muito
- Todos que cheiram da sua flor
- Ai, ai, ai!
- O que foi?
- Foi um espinho que me espetou
- Tô te falando...
Essa tal de flor
Chamada amor
Machuca sem pudor.
- Não quero mais amar!
Não quero mais saber dessa flor!
- Ha! ha! ha!
Mas isso é impossível!
É melhor aprender
A viver
Com a dor!
- Como faz para deixar de lado o amor?
- A sua consulta acabou.
Aqui o recibo
E se retire por favor...
- Mas e agora? O que faço com essa flor?

A essa altura outro paciente entrou
Fiquei sem resposta
Sozinho do lado de fora
Segurando aquela flor.

[#245] forte/frágil.

Tenho um coração forte
De dimensões imensuravéis
Tenho um coração frágil
Que qualquer queda parte

Ai eu respiro
Me deito nas artes
Remexo minha caixola
Relembro minhas faces.

Produzo uma imensidão de coisas
Me sinto importante
Necessário
Mas eu tenho um coração forte
E ao mesmo tempo frágil.

[#244] nutrientes poéticos.

Vou me alimentando
Poesia é mesmo nutritiva
Agora que começa
Não sabe onde termina
Ilumina
Acalma
Neblina

Até o calor passa
E a muriçoca no ouvido
Vira melodia
Que delícia viver de poesia
Muita rima
Muita alegria

Até que os versos acabam
Assim como acaba o dia
O sol se põe
E a natureza demonstra
Que também sabe fazer poesia.

[#243] momentos.

Está tudo bem
Sem muitos lamentos...
Eu entendo sua ausência
Tem dias que nem eu me aguento.
Eu e minha mania
De somatizar sofrimento
Nadarei no meu rio
Sentarei no meu relento
Enquanto lá fora
O mundo é levado pelos seus ventos
Eu tento entender
A origem dos meus sentimentos.
Agora deito e derramo meu choro
Limpo e sem arrependimentos
Essa onda vai passar
Eu sei... são apenas momentos...



[#242] oco.

Estou tentando escrever
Mas não consigo.
Estou precisando escrever.
Mas não consigo.

Passo horas
Incontadas
Segundo
Histéricos
Olhando para a tela
Branca
Paralizada.

Estou precisando escrever
Mas não sei sobre o que...
Sobre o vazio que me alimenta
Sobre essa angustia
Esse cansaço.
Estou precisando escrever
Sobre a minha falta de melodia
Minha falta de compasso

Preciso escrever
Nem que seja sobre palavras soltas
Que assim preencherão
O oco
Que agora sou.

Quero escrever
Mas hoje estou um pouco
E nada mais.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

[#241] Dona moça.

Dona moça
Abriu a bolsa
Tirou a touca
O fez de trouxa
e saiu correndo.

Dona moça está ligada no perigo
Tá ligada nos bandido.

Dona moça ta toda-toda
Daqui a pouco
Ta quebrando louça
Em quem lhe toca bolsa.

[#240] sucesso.

Suceder.
Próximo passo
Outro degrau.

A escada
Longa
Vertical.

Sucesso é logo ao lado
No topo do pedestal.
Subindo a cada degrau...
Desculpa...
Sucesso não é o topo
É a caminhada até o final.

[#239] 24.

Ciclou
Mudou
Transformou
Uma palavra basta
Algumas palavras soltas
Bastam.

Como descreve o novo?
De modo simples e direto.
Pouca palavra por perto.

Novo ciclo
Nova vida
Novas mudanças.
Tudo simples e direto.

[#238] completo.

Missão comprida.

Estou completo
Não sou mais pouco
Estou repleto.

Agora estou de novo completo
Estou perto
Certo
Ereto.

Estou completo
Perplexo.

Do outro lado
Mais de perto
Tudo é mais correto.

[#237] marasmo

As vezes estou alegre
As vezes murcho
Por hora faço rir
Depois chorar.

Sou meu corpo
Sou minha alma
Sou os pedaços
Os tecidos
Os órgãos
Sistemas alinhados

Sou uma parte presente
Sou uma parte passado
Serei uma parte futuro
Que virará parte do passado.

Sou inteiro
Sou cacos.
Ora forte
Ora fraco.

Sou a minha dúvida
Sou as minhas perguntas
E sou as minhas respostas

Sou icógnita
Sou resultado.
Vivo livre
E enjaulado.
Viverei no eterno marasmo
Da pergunta
Do paradoxo
De quem sou.