terça-feira, 27 de novembro de 2012

jurei.

Jurei-te os sete mares.
Jurei e jurarei,
Eternamente.

Jurei-te os sete mares
Porque no fundo
Não tive coragem de jurar
O meu bem mais precioso:
A minha poesia.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

sereia.


Recebi um beijo de uma sereia essa noite
Linda e bela
Com seus cantos Bethanianos
Suspirava suavemente sobre meus ouvidos
Tudo aquilo que queria
E não queria ouvir
Ela me deu força.
Deixou-me ofegante com sua energia
Aquela sereia veio em mim
E me ensinou
A levantar e acordar
Sem despertar da alegria
Óh linda sereia...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

praga rogada.

Dói,
Machuca,
Fere.

- Pare de fumar menino!
É o que ouço do moço
- Tão bonito e morrerás cedo
É a praga da outra

Traqueia ferida
Garganta inflamada
O cigarro com certeza mata...
Mas o amor mata mais.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

o último beijo.

Fiz do último beijo o pior que nossas bocas poderiam sentir.
Acreditava fortemente que naquele momento tudo que menos queria eram boas recordações. Arrependo-me amargamente, porque, ao invés de uma lembrança ruim do momento, tudo que sinto é vontade de voltar e refazer aquele instante.

domingo, 18 de novembro de 2012

trechos bêbados do coração machucado.

Certa vez decidi me apaixonar. Entreguei-me por completo tentando me completar com o outro que esperava ser minha cara metade. Não foi dessa vez, como não tem sido comigo. Todas as vezes que decido mudar minha rotina, meu pobre coração acaba machucado.
Dessa vez foi estranho. Doeu. E ainda não parou de doer. Talvez porque o sentimento seja verdadeiro, ou porque eu que tenha mudado e minha vida tenha ficado mais frágil à montanha russa sentimental. E, no fundo, no fundo... Eu não sei. Não sei se quero que passe logo, não sei se quero continuar sofrendo, porque essa dor está totalmente descontrolada, mas lúcida que nem eu mesmo entendo tal maturidade.

Nada estará perto da dor da minha mala que outrora foi roubada, mas uma coisa eu lhes digo: A vida nos leva muitas malas e a dor de cada uma delas fica cravada, mas só quando tem um verdadeiro significado.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

reflexões.

Na dor construímos os maiores castelos. Já que só quando a sentimos percebemos que nossas vidas são um amontoado de merda e precisamos mudar. No fundo, no fundo, me apetece tal dor. Tira-me da zona de conforto e me faz buscar novos horizontes, nem que eles sejam verticais. [...] E se a minha felicidade incomoda tanto as outras pessoas e não incomoda a mim - que no fundo, no fundo é quem realmente preciso agradar - a minha felicidade será guardada como um segredo meu comigo mesmo.

semi vivo.

Deixou-me em prantos. Dolorosa foi a partida daquele que me fez tanto bem. Mas pelo pouco que entendo da vida, tudo que lhe faz muito bem, lhe fará muito mal um dia e foi exatamente isso que aconteceu. Aquele foi o dia da minha trágica morte e vida, quase Severina se eu fosse filho do sertão. Aquele foi o dia que arrancaste minha alma da minha vida me deixando solitário em busca de uma simples resposta para todas as perguntas que permutavam e se mutavam da dor de não saber o que fiz para o merecer. O dia em que arrancaste minha alma me deixou rouco, pálido, em prantos. Realmente dei sorte de chegar em casa vivo, já que as luzes das ruas machucavam meus olhos e os motores dos carros me deixavam desnorteado. Acredito na sorte também de saber o caminho ao pé da letra e por isso fui seguindo no automático no meu carro manual. Foi aquele dia que me tornei um semi morto ou um quase vivo porque afinal, não sei o que um ser sem alma passa a ser.